Os Animais e a Somatização de Doenças

Muita gente ainda acha estranho quando ouve dizer que os bichos podem somatizar doenças. Acham que isso é algo esotérico, espiritual e nada científico, ou seja, é um fato improvável ou até mesmo impossível.

Eu achava muito mais estranho quando um tutor chegava a uma consulta e me questionava se era verdade que os animais sentiam dor ou ainda quando respondiam com um riso meio sem graça quando eu perguntava se o animalzinho tossia ou espirrava, imaginando que esses eram sintomas exclusivos dos animais humanos.

Quem tem, já teve ou conviveu em algum momento da vida com um animal de estimação, seja de qual espécie for, com certeza já presenciou diversas manifestações da inteligência animal e deve ter muitas histórias para contar sobre suas peripécias. A inteligência não está ligada somente a fatores instintivos, mas também a um certo grau de raciocínio lógico e que varia entre as espécies. Então os animais não só sentem dor física, como também podem sofrer com dores emocionais.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ter saúde é um conceito diferente de não ter doenças. Ser saudável quer dizer que aquele indivíduo possui bem estar físico, biológico e social. Podemos pensar da mesma forma quando falamos de animais. Ter então saúde pode estar longe de simplesmente não apresentar sintomas e a partir dessa definição, é possível entender que a doença pode ser produzida pelo próprio organismo que adoece quando esse é influenciado de maneira negativa pelo mundo exterior

Mas afinal, o que significa isso? Somatizar significa gerar sintomas físicos a partir de uma disfunção emocional e esses sintomas podem ser extremamente variados com: dores pelo corpo ou em locais específicos com nas articulações por exemplo, mal estar generalizado, vômitos, diarreia, taquicardia, manchas e alergias na pele, perda de apetite ou ganho de peso, dificuldade respiratória, desmaios, entre outros.

Muitas vezes só é possível diagnosticar a somatização, quando após vários exames sem resultados conclusivos são realizados e não se chega a nenhum diagnóstico concreto que explique os sintomas em questão. Em outras ocasiões, quando já existe uma predisposição genética a doença somatizada pode causar alterações fisiológicas importantes em diversos órgão ou sistemas.

Se tudo isso ainda te parece um pouco fantasioso e irreal, vou tentar explicar de forma bem simples e mais científica.

Quando o sistema emocional é abalado ou sobrecarregado, ele exerce um efeito direto no sistema neurológico, que por sua vez, afeta o sistema imune que acaba alterando indiretamente o sistema endócrino, produtor dos hormônios que são as substâncias que carregam toda a informação necessária para o bom funcionamento do corpo como um todo. Se esses hormônios não se comportam da maneira correta ou enviam informações erradas para os órgãos, aparecem as doenças.

A Aromaterapia trabalha exatamente na via contrária, agindo do sistema nervoso, os aromas exercem seu efeito primeiramente no sistema emocional, que interfere então no sistema endócrino, controlando os hormônios para que levem as informações corretas para o organismo e finalmente influenciando positivamente o sistema imunológico que mantem a integridade do corpo.

Fique sempre de olho em qualquer mudança de hábitos ou atitudes do seu bichinho e procure seu veterinário de confiança se notar qualquer alteração.

A prevenção é sempre o melhor remédio e um ambiente saudável e alegre ajuda a manter nossos Pets bem. Você pode proporcionar um ambiente assim usando técnicas da aromaterapia mantendo toda a sua família mais tranquila.

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Isolamento social e os gatos

Os gatos são seres únicos. Eles não são apenas animais fofos e apaixonantes que fazem o maior sucesso na internet. Nossos bichanos podem ser cheios de manias e ter forte personalidade. Nesse período de quarentena, quando toda a família permanece mais tempo dentro de casa, é inevitável uma mudança de rotina.

As crianças sem aulas, a correria, mais movimento e gente circulando onde antes o espaço era calmo e só deles podem deixar qualquer ser perdido e essas mudanças podem causar desconforto em alguns gatinho enquanto outros simplesmente amam todo esse movimento e atenção.

Além do fator ambiental causado pelas mudanças dentro de casa, é preciso tomar muito cuidado com os gatos que tem acesso a rua. Todo tutor de gatos já sabe, que eles também podem se contaminar com um tipo de coronavírus (MAS QUE NÃO É O Covid-19) e essa informação disseminada de forma irresponsável já provocou o abandono e maus tratos de muitos animais. Então se você tem um gatinho que gosta de passear por aí, evite que ele saia de casa para que não se torne mais uma vítima de humanos sem coração e mal informados. Já te adianto que seu gato não vai gostar dessa prisão domiciliar, mas é para o bem de todos!  

Como se tudo isso não fosse o suficiente, ainda existe uma outra variável que pode influenciar no comportamento do seu gatinho e esse terceiro elemento pode te surpreender.

Uma pesquisa realizada com 3.000 tutores de gatos no Reino Unido no início de 2019 como parte de um estudo sobre comportamento revelou dados importantes. Os pesquisadores fizeram uma série de perguntas sobre as personalidades dos tutores e sobre os comportamentos, atitudes, estilo de vida e saúde dos seus felinos e o interessante é que as pesquisas mostraram resultados muito semelhantes a trabalhos sobre a relação de similaridade de personalidades entre pais e filhos humanos. Além disso, pais com maior índice de neuroticismo, que é definido como a ação de quem se comporta de uma maneira nervosa e com demonstrações exageradas, tinham filhos com maior probabilidade de desenvolverem problemas físicos e relacionados a saúde mental.

Esse trabalho demonstrou que o mesmo acontece com os gatos. Os tutores que tiveram uma pontuação mais elevada nos questionários que revelaram o grau de neuroticisco, notificaram que os seus animais tinham problemas comportamentais como agressividade, medo, ansiedade, aumento de peso e alguns estavam passando por tratamento veterinário. Foi então constatado que nós podemos sim influenciar de maneira negativa no bem estar desses peludos.

Esse período difícil pelo qual todos estamos passando, despertou em muitos de nós sentimento de insegurança e ansiedade e os pets, sentem junto conosco essas emoções indesejáveis.

Você já reparou em como o seu gatinho está se sentindo? Ele já tinha ou começou a apresentar agora alguma alteração ou comportamento diferente ou indesejável como fazer suas necessidades fora do local adequado, está demonstrando algum de sinal de agressividade ou irritabilidade com alguém da casa ou com outro animalzinho, miando demais ou comendo de menos?

Nesse momento é importante aproveitar o tempo juntos para uma boa análise e observação, sem esquecer que temos que respeitar a individualidade de cada animal.

 Como tutores nosso dever é ajudá-los a se sentirem bem.

A aromaterapia pode auxiliar nesse processo, tanto a nós como a eles. Tutor feliz é igual a Gatinho feliz!

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Isolamento social e os cães

Cãozinho

Em tempos de Isolamento social, muitos de nós estão trabalhando no formato home-office ou pelo menos passando mais tempo dentro de casa. O que para alguns é considerado um transtorno, para outros é como uma benção. Como agir quando o assunto é isolamento social e os cães?

Poder se organizar de uma forma diferente para aproveitar mais o seu espaço, sua família, sua casa e principalmente os seus animais, é algo que para mim, não tem preço. Mesmo em meio a tantas preocupações e a necessidade de desenvolver novos hábitos, a presença constante dos nossos bichinhos é capaz de nos dar força e devolver o sorriso aos rostos humanos. Diversas pesquisas já revelaram o quanto a presença de um animal de estimação é capaz de influenciar positivamente a saúde daqueles com quem convivem, controlando a ansiedade e até provocando alterações fisiológicas importantes. Não é por acaso que existem as terapias Pets, onde animais domésticos de várias espécies visitam asilos, orfanatos ou pacientes internados em hospitais e os resultados dessas visitas são sempre positivos e surpreendentes. Então nesse momento, seja muito grato por ter um cão em casa.

Apesar de também ter esse lado de bom, esses dias de resguardo dentro de casa podem trazer alguns transtornos para nossos Pets. A grande maioria dos cães são animais ativos que adoram e precisam dos seus passeios diários como uma forma de gastar energia, mantendo assim não só o físico em dia como também o seu emocional. É durante essa caminhada que muitos deles fazem as suas necessidades fisiológicas e quando se relacionam com o mundo. O fato de cheirarem todos os cantos desse trajeto deve ser o ponto alto do dia desses animais. Através do olfato ocorre uma verdadeiro troca de informações entre o cão e o meio ambiente. E como se fosse a hora da novela ou do noticiário. Por esses odores que para nós é muitas vezes imperceptível eles ficam sabendo de tudo o que aconteceu desde dias atrás até o momento presente. Identificam todos que passaram por ali, se passou alguém conhecido, se alguém carregava algo super gostoso ou se uma cadelinha no cio pintou no pedaço. É uma verdadeira fofoca canina! E ser privado desses momentos, pode não ser fácil para seu amigo.

Toda essa mudança de rotina pode trazer consequências. Mas o que podemos fazer para que nosso cão fique bem?

 Fica aqui a primeira dica importante: Aproveite para prestar bastante atenção ao seu Pet?

Os cães por exemplo, costumam ficar tão felizes quando seus tutores chegam em casa após um longo dia de trabalho, que só demonstram alegria. Mas como eles passam o resto do dia? Esses animais, assim como os cavalos tendem a esconder de nós se algo vai mal e quando finalmente começam a demonstrar sintomas o caso já pode estar muito grave ou até irreversível.

Você tem notado algo diferente na atitude do seu cãozinho? Ele se coça ou esfrega alguma região específica do corpo? Passa o dia animado ou fica a maior parte do tempo tristinho e quieto?

Algumas alterações de comportamento podem revelar o estado emocional do seu cachorro ou ainda denunciar problemas físicos como dor ou indisposição e se você notar qualquer coisa diferente, procure um médico veterinário, exames específicos podem mostrar o que está errado.

Se a saúde física estiver bem, mas você perceber que seu amigo está um pouco entediado, várias atividades podem ajudar. Ensinar um novo truque, brincar de buscar objetos, oferecer alimentos em brinquedos interativos, escovar os pelos e os dentes ou até investir seu tempo em uma boa massagem no seu pet. Esses momentos podem se tornar muito agradáveis para ambos e quando seu Pet estiver feliz mais chance ele tem que se manter saudável e equilibrado e sempre é bom lembrar que o melhor tratamento para qualquer problema, é a prevenção.

Agora, se mesmo assim seu cão parece ansioso ou você quiser ajudá-lo a sem sentir ainda mais confortável, você pode aromatizar a sua casa com óleos naturais.

A aromaterapia é uma técnica antiga, mas muito segura e eficaz capaz de mudar nossas emoções e trazer segurança e bem estar para todo o ambiente e aqueles que nele vivem.

Fique sempre de olho na saúde do seu animalzinho!

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Como a aromaterapia pode ajudar o meu pet?

Muita gente se pergunta se os animais podem ser beneficiados pelo uso dos óleos essenciais e se isso é seguro.

Na verdade, diversas espécies já usam o poder dos óleos diretamente da natureza. Peixe, por exemplo, podem ser expostos aos óleos essenciais através da decomposição de plantas aquáticas tanto na água doce, como nos oceanos. Os insetos, também tem contato direto com esses metabólitos, assim como todos os animais de vida selvagem que estão aptos, a buscar substâncias curativas naturais usando seu instinto e de acordo com suas necessidades.

As aves de maneira geral, são extremamente sensíveis a intoxicações por produtos de limpeza, velas perfumadas e até mesmo a purificadores de ar e isso ocorre pela presença de componentes químicos e sintéticos nesses produtos, que também podem fazer mal para os humanos, cães, gatos e outros pets doméstico. Talvez esteja aí a resposta sobre aquela alergia de pele ou respiratória que ninguém consegue te explicar.

Gatos são animais mais sensíveis a diversos elementos, inclusive a remédios de uso comum produzidos pelas grandes indústrias farmacêuticas seja na linha humana ou veterinária e a óleos essenciais adulterados ou sintéticos, que podem fazer mal a qualquer ser vivo de acordo com sua sensibilidade individual.

Quando falamos de óleos essenciais puros e de boa procedência, é correto afirmar que cães, gatos, cavalos, animais exóticos, aves e animais de produção podem ser tratados com a aromaterapia, desde que se respeitem algumas regras básicas, de acordo com o metabolismo e fisiologia de cada espécie. Por isso o estudo sobre esse tema se torna muito útil. Como tutor que conhece bem o seu bichinho, você mesmo pode ajudá-lo a se sentir bem e feliz através desses poderosos óleos essenciais e lembre-se de sempre recorrer a um profissional veterinário quando a saúde física for afetada. Os óleos essenciais que hoje já são considerados nutracêuticos, podem fazer maravilhas também para a saúde do seu Pet.

Os resultados podem ser surpreendentes!

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A história da Aromaterapia – Parte 1

Campos de lavanda

A história da aromaterapia ou o uso de ervas e ingredientes da natureza com fins terapêuticos e religiosos é algo muito antigo e estudado.

Desde a Pré-História existem registros e provas do uso de substâncias aromáticas pelos homens. Nesse período, teriam sido guiados por uma habilidade inata para saber que ervas eram úteis, assim como todas as espécies vivas e a partir do momento que o homem se desenvolvia, é provável que também tenha aprendido sobre as propriedades curativas das plantas observando o que os animais comiam (MORAG, 2018). Até hoje nossos animais fazem isso. Quem nunca viu seu cão procurando aquele matinho específico durante um passeio, principalmente quando se encontra com alguma perturbação digestiva?

Nossos corpos são muito sábios e nos indicam sempre o que necessitamos. Um grande exemplo disso são os desejos das mulheres grávidas. Nutricionalmente falando, esses alimentos desejados, muitas vezes suprem carências nutricionais da fatura mamãe. Nós nem sempre seguimos esses instintos, mas nossos bichinhos felizmente ainda são orientados por este importante “sentido”.

É importante saber que o herbalismo (onde também se inclui a aromaterapia) tem seu uso bem distribuído por todo o globo terrestre e não se limitando a nenhuma área geográfica. Países como a China, Iraque, França, Grécia, Índia, Síria, Brasil, Egito, Suíça, Tibete, Reino Unido e Estados Unidos tem registros do uso de aromáticos primitivos que eram usados na forma de fumaças, vapores, cataplasmas, compressas, perfumes, banhos, loções e unguentos.

Falando especificamente sobre a Aromaterapia, que tem por definição o uso de óleos essenciais ou outros produtos aromáticos (hidrolatos) extraídos de espécies vegetais, seguindo padrões pré-estabelecidos, podemos considerar os seguintes registros:

4.000 a 5.000 a.C. – Foi encontrado no Iraque os restos mortais de um homem cercado por diversos tipos de ervas aromáticas. Segundo os arqueólogos, esse esqueleto, batizado então de Shanidar IV, deve ter sido um sacerdote ou líder religioso, conhecedor do poder das plantas. (CORAZZA, 202)

3.000 a.C – Descoberto no Paquistão o primeiro tipo rudimentar de destilador. Não se sabe ao certo para o que foi realmente usado, mesmo assim esse é considerado um marco e a descoberta mais antiga da aromaterapia (FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001 ;SALLÉ, 2004)

2.000 a.C – Temos os primeiros registros escritos sobre o uso de unguentos e incensos em cerimoniais espirituais e de cura, o que naquele tempo eram uma só coisa. Rudimentares textos médicos foram encontrados na China, Índia e Egito.

No Egito, o manuscrito mais famoso que fala sobre os óleos aromáticos é o Papiro de Ebers, datado de 2.800 a.C. Documentos escritos na época da construção das grandes pirâmides, descrevem as formas de uso, como medicamento do gálbano, murta e pau de águia nos tempos de Moisés.

O segundo artigo se encontra aqui

Para ver a terceira parte, clica aqui

Até mais

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O que é Medicina Veterinária Integrativa?

Cão e gato deitados

A Medicina Veterinária Integrativa enxerga os animais como um todo. Não busca tratar apenas um sintoma, mas sim a causa do desequilíbrio que leva ao aparecimento de doenças e alterações comportamentais.

Nessa prática, é proposta uma parceria entre veterinário e tutor, que colabora com as informações sobre o estilo de vida, sintomas e hábitos de seu pet e se compromete a fazer as alterações e intervenções necessárias buscando sempre uma melhor qualidade de vida ao animal tratado.

Diversas técnicas e especialidades podem ser envolvidas nessa medicina veterinária integrativa, de acordo com a individualidade de cada pet. Em geral os profissionais praticantes da veterinária integrativa são adeptos a técnicas como a homeopatia, acupuntura, medicina tradicional chinesa, nutrição funcional, fisioterapia, terapias biofotônicas, reike e aromaterapia, pois entendem que o equilíbrio corpo e mente é extremamente importante nos processos de cura.

A Aromaterapia, através da inalação de óleos essenciais dispersos no ar é uma grande aliada nessa busca pelo equilíbrio e bem estar dos Pets e dos seus Tutores. As ações terapêuticas cientificamente comprovadas decorrente na inalação dos óleos, são capazes de promover rapidamente alterações metabólicas e emocionais nos organismos vivos de maneira segura e eficaz.

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