Século XIX – Início das análises cientificas dos
componentes dos óleos essenciais e desenvolvimento da forma sintética na
formulação de diversos medicamentos.
Foi nesse século de René-Maurice Gattefossé descobriu o
poder cicatrizante do óleo de lavanda, após um acidente em seu laboratório que
causou em seu braço uma grave queimadura. Depois de comprovar em si próprio os
efeitos curativos dessa substância, passou a se dedicar ao estudo e
experimentos com os óleos. Descobriu por exemplo que eles são totalmente
absorvidos pelo corpo e dependendo do tipo, podem levar de 30 minutos a 12
horas para total absorção. Durante a Segunda Guerra Mundial, os médicos
franceses fizeram grande uso da aromaterapia no tratamento de feridas, gangrena
e até para desinfecção de materiais cirúrgicos.
Gattefossé foi autor de livros e trabalhos sobre o assunto e
seu filho Henri-Marcel, levou a diante os estudos farmacêuticos do seu pai e se
tornou engenheiro e industrial no ramo da perfumaria.
Ainda nesse período tivemos o médico e aromaterapeuta dos
oficiais de alto nível do governo, Jean Valnet que com resultados expressivos
também no período da Segunda Guerra publicou o primeiro livro escrito por um
médico e repleto de estudos e relatos de casos tratados com os óleos essênciais.
Foi ele quem disse em entrevista para o Jornal Internacional de Aromaterapia
que: “não é necessário ser um médico para usar atomaterapia. Mas a pessoa deve
saber o poder dos óleos essenciais para poder evitar acidentes e incidentes.”
(SCOTT, 1993-1994).
Século XX – Popularização do uso dos óleos essenciais
na área estética e terapias holísticas. A também francesa Marguerite Maury, foi
a mulher responsável por difundir o uso dos óleos em massagens após os
resultados positivos de suas pesquisas sobre os efeitos deles na pele e
musculatura. A Enfermeira Maury escreveu o Livro Le Capital Jeunesse e foi
premiada internacionalmente por suas pesquisas. Ela introduziu o uso da
aromaterapia em vários outros setores da medicina, estética e psiquiatria
Em 1980, Caroline Ingrahan inicia o uso dos óleos essenciais
na saúde animal usando os princípios da autosseleção. Ela começou usando a
técnica nos seus próprios pets com resultados muito positivos, o que chamou a
atenção dos veterinários. Mesmo que os óleos tenham sido usados historicamente
nos animais desde a antiguidade, essa é uma forma ainda nova, mas ao mesmo
tempo segura e muito eficaz quando bem usada e que pode trazer benefícios não
somente ao seu bichinho, como também para toda a família.
Até o presente momento existe um desenvolvimento contínuo de pesquisas (já são mais de 23.000 publicações na busca por essential oil, somente considerando o Pumed – que um serviço da U. S. Library of Medicine e tem cerca de 21 milhões de artigos médicos periódicos de mais de 80 países. Felizmente o número desses estudos cresce a cada dia devido ao grande interesse das pessoas em adotar um estilo de vida mais saudável e natural para si mesmas e para aqueles que amam.
E aí gostou de saber sobre a história da Aromaterapia? Fique ligado no blog que temos conteúdo postado todas semana!
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Continuando a série sobre a história da Aromaterapia. Se você perdeu a primeira parte, clica aqui ;
Em 1922, ano da abertura do túmulo de Tutancâmon, trinta e cinco jarras de perfume feitas de alabastro foram encontradas na sua câmara sepulcral e ainda estavam ligeiramente aromatizadas. Todas elas foram quebradas ou esvaziadas e o conteúdo (produto de alto valor comercial), roubado (STEELE,1992).
Através de mercadores fenícios, os conhecimentos e produtos
egípcios se espalharam pelo mundo e os Gregos foram um dos povos que mais
aproveitaram esses ensinamentos. Muitas personalidades conhecidas como:
Heródoto, Demócrates, Hipócrates, Dioscórides, Péricles, Sócrates, Platão,
entre outros, foram estudiosos dessa arte.
Da Índia temos os
primeiros tratados em sânscrito, o Charaka Samhita e Sushrata Samhita que
datam dessa época (2.000 a.C.) e descrevem o uso medicinal de mais de 700
plantas, incluindo várias aromáticas como o gengibre, coentro, mirra, canela e
sândalo (SWERDLOW, 2000). No Charaka Samhita encontramos inclusive uma
descrição dos processos de destilação e condensação de óleos voláteis a partir
de plantas (RAY & GUPTA, 1965).
Na China, assim como na Índia, o uso ervas e aromáticos é
culturalmente muito antigo e importante para a população. Existe hoje no
mercado de ervas administrado pelo Estado em Anguo, uma enorme estátua de
concreto de ginseng que comprova a admiração e respeito desse povo pela
medicina natural
Em 1.000 a.C já existia um grande intercâmbio de ervas entre
esses dois países (SWERDLOW, 2000).
Século X – Nesse período, o médico Abd Allah Ibn
Sina, nascido do Uzbequistão e conhecido pelo seu nome ocidental Avicena,
recebeu os créditos sobre a melhoria e refinamento da arte da destilação para
extração de óleos essenciais, criando um novo mecanismo que tem uma serpentina
e foi chamado de alambique. Esse modelo de destilador é usado até hoje. Mas é
importante saber que o grego Heródoto foi o primeiro a registrar a descrição de
um processo rudimentar de extração de óleos aromáticos em 425 a.C.
O retrato de Avicena permanece no grande salão da Escola de
Medicina da Universidade de Paris, tão grande é o seu reconhecimento como
médico e cientista. Entre suas obras está o Canone da Medicina que
lista 760 plantas medicinais e os remédios que podem ser derivados delas.
Avicena também estabeleceu regras básicas para provas clínicas de remédios, as
quais são seguidas até agora( TSCHANZ, 1997)
Século XIII – Aromático orientais são popularizados
pelo retorno dos cruzados, começa a destilação de ervas locais (MORAG, 2018).
Vale lembrar que com a queda do Império Romano no ocidente (476
d.C) o cristianismo se fortaleceu e junto com ele uma série de conflitos
políticos, sociais e religiosos. Os conhecimentos sobre técnicas aromaterápicas
ficou mais restrito ao oriente e se difundiu pelo Império Bizantino e Arábias enquanto
no ocidente, todo tipo de terapias naturais e uso de ervas aromáticas, foi
considerado heresia e condenado como bruxaria pela inquisição. Somente após o
término desse período trevoso é que a aromaterapia pode ser redescoberta.
Século XVI – Óleos essenciais e águas florais (Hidrolatos) passam a ser aceitos pela farmacopeia médica (MORAG, 2018).
Durante o Renascimento os estudos da alquimia e das terapias naturais voltaram com força e entre elas, a aromaterapia. Figuras importantes dessa época, como Paracelso, buscaram expandir seus conhecimentos nessa área e com o tempo o uso dos óleos essenciais inicialmente usados na cosmética e perfumaria, passaram a ter uso também na medicina. Até o século XVI, os textos de Avicena continuavam sendo usados como livro médico padrão.
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Muita gente se pergunta se os animais podem ser beneficiados
pelo uso dos óleos essenciais e se isso é seguro.
Na verdade, diversas espécies já usam o poder dos óleos
diretamente da natureza. Peixe, por exemplo, podem ser expostos aos óleos
essenciais através da decomposição de plantas aquáticas tanto na água doce,
como nos oceanos. Os insetos, também tem contato direto com esses metabólitos,
assim como todos os animais de vida selvagem que estão aptos, a buscar
substâncias curativas naturais usando seu instinto e de acordo com suas
necessidades.
As aves de maneira geral, são extremamente sensíveis a
intoxicações por produtos de limpeza, velas perfumadas e até mesmo a
purificadores de ar e isso ocorre pela presença de componentes químicos e
sintéticos nesses produtos, que também podem fazer mal para os humanos, cães,
gatos e outros pets doméstico. Talvez esteja aí a resposta sobre aquela alergia
de pele ou respiratória que ninguém consegue te explicar.
Gatos são animais mais sensíveis a diversos elementos,
inclusive a remédios de uso comum produzidos pelas grandes indústrias
farmacêuticas seja na linha humana ou veterinária e a óleos essenciais
adulterados ou sintéticos, que podem fazer mal a qualquer ser vivo de acordo
com sua sensibilidade individual.
Quando falamos de óleos essenciais puros e de boa
procedência, é correto afirmar que cães, gatos, cavalos, animais exóticos, aves
e animais de produção podem ser tratados com a aromaterapia, desde que se
respeitem algumas regras básicas, de acordo com o metabolismo e fisiologia de
cada espécie. Por isso o estudo sobre esse tema se torna muito útil. Como tutor
que conhece bem o seu bichinho, você mesmo pode ajudá-lo a se sentir bem e
feliz através desses poderosos óleos essenciais e lembre-se de sempre recorrer
a um profissional veterinário quando a saúde física for afetada. Os óleos essenciais
que hoje já são considerados nutracêuticos, podem fazer maravilhas também para
a saúde do seu Pet.
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A história da aromaterapia ou o uso de ervas e ingredientes da natureza com fins terapêuticos e religiosos é algo muito antigo e estudado.
Desde a Pré-História existem registros e provas do uso de
substâncias aromáticas pelos homens. Nesse período, teriam sido guiados por uma
habilidade inata para saber que ervas eram úteis, assim como todas as espécies
vivas e a partir do momento que o homem se desenvolvia, é provável que também
tenha aprendido sobre as propriedades curativas das plantas observando o que os
animais comiam (MORAG, 2018). Até hoje nossos animais fazem isso. Quem nunca
viu seu cão procurando aquele matinho específico durante um passeio,
principalmente quando se encontra com alguma perturbação digestiva?
Nossos corpos são muito sábios e nos indicam sempre o que
necessitamos. Um grande exemplo disso são os desejos das mulheres grávidas.
Nutricionalmente falando, esses alimentos desejados, muitas vezes suprem
carências nutricionais da fatura mamãe. Nós nem sempre seguimos esses
instintos, mas nossos bichinhos felizmente ainda são orientados por este
importante “sentido”.
É importante saber que o herbalismo (onde também se inclui a
aromaterapia) tem seu uso bem distribuído por todo o globo terrestre e não se
limitando a nenhuma área geográfica. Países como a China, Iraque, França,
Grécia, Índia, Síria, Brasil, Egito, Suíça, Tibete, Reino Unido e Estados
Unidos tem registros do uso de aromáticos primitivos que eram usados na forma
de fumaças, vapores, cataplasmas, compressas, perfumes, banhos, loções e
unguentos.
Falando especificamente sobre a Aromaterapia, que tem por
definição o uso de óleos essenciais ou outros produtos aromáticos (hidrolatos)
extraídos de espécies vegetais, seguindo padrões pré-estabelecidos, podemos considerar
os seguintes registros:
4.000 a 5.000 a.C. – Foi encontrado no Iraque os
restos mortais de um homem cercado por diversos tipos de ervas aromáticas.
Segundo os arqueólogos, esse esqueleto, batizado então de Shanidar IV, deve ter
sido um sacerdote ou líder religioso, conhecedor do poder das plantas.
(CORAZZA, 202)
3.000 a.C – Descoberto no Paquistão o primeiro tipo
rudimentar de destilador. Não se sabe ao certo para o que foi realmente usado,
mesmo assim esse é considerado um marco e a descoberta mais antiga da
aromaterapia (FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001 ;SALLÉ, 2004)
2.000 a.C – Temos os primeiros registros escritos
sobre o uso de unguentos e incensos em cerimoniais espirituais e de cura, o que
naquele tempo eram uma só coisa. Rudimentares textos médicos foram encontrados
na China, Índia e Egito.
No Egito, o manuscrito mais famoso que fala sobre os óleos aromáticos é o Papiro de Ebers, datado de 2.800 a.C. Documentos escritos na época da construção das grandes pirâmides, descrevem as formas de uso, como medicamento do gálbano, murta e pau de águia nos tempos de Moisés.
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A Aromaterapia ou Terapia com Óleos essenciais pode ser considerada como a terapia tradicional, alternativa ou complementar que utiliza os Óleos Essenciais extraídos das plantas ou outros compostos vegetais aromáticos com o objetivo de promover e manter a saúde, buscando equilibrar o corpo e a mente. Aromaterapia e seus benefícios para os pet são inúmeros. Vamos entrar no mundo da aromaterapia?
É na prática um sistema terapêutico natural que busca tratar
os problemas cotidianos individuais e da família, incluindo aí nossos queridos
pets.
Sabemos hoje que os diferentes óleos possuem graus variados
de atividade antimicrobiana, atividades antivirais, nematicidas, antifúngicas,
inseticidas, anti-inflamatórias e até antioxidantes. Suas aplicações
terapêuticas incluem massagens, aplicações tópicas e inalação. Médicos franceses incluem ainda a ingestão e
aplicações retais e vaginais nas suas prescrições, mas essa é uma prática que
só deve ser adotada por profissionais altamente capacitados.
O uso de plantas como recurso terapêutico é disseminado em
todo o planeta e os indícios mais antigos foram encontrados na região onde hoje
é o Iraque e datam de 60.000 anos. Descobertas arqueológicas da era Neandertal,
revelaram um esqueleto que foi encontrado enterrado com extratos concentrados de
milefólio, centáura, muscari, malva e outras plantas (ERICHEN-BROWN, 1979).
Esse fato comprova o quanto é antigo esse conhecimento. Vários países como:
China, Egito, França, Grécia, Índia, Síria, Suíça, Tibete, Reino Unido e
Estados Unidos também tem documentados na sua história o uso de plantas
aromáticas com fins curativos.
Em 1997, a Organização Internacional de Padrões (ISO)
definiu um óleo essencial como um “produto obtido a partir de matéria prima
vegetal, por destilação com água ou vapor, ou do epicarpo de frutas cítricas
por processo mecânico ou por destilação a seco.”
Na natureza, esses óleos são encontrados em: sementes,
raízes, caules, folhas, resinas, frutos, seivas e cascas de diversas plantas
aromáticas. Eles podem ser extraídos através de diferentes métodos e de locais
diferentes de uma mesma planta, o que vai alterar bastante a qualidade e uso de
cada óleo, mesmo que extraído de uma idêntica espécie vegetal.
Essa informação é muito importante, pois um óleo de baixa
qualidade, adulterado ou extraído de forma errada, pode comprometer e muito os
resultados de um tratamento, o que leva ao descrédito dessa ferramenta
terapêutica tão maravilhosa.
Para aqueles que desconfiam do poder medicinal das plantas,
sinto informar que vocês também fazem uso de óleos essenciais diariamente e nem
sabem disso. As indústrias farmacêuticas, cosméticas e alimentícias são na
verdade as maiores consumidoras desses ingredientes e se utilizam de seus
poderosos efeitos na composição dos seus produtos. Só para citar um exemplo, o
Brasil é um dos maiores produtores de óleos cítricos do mundo e tem grande
parte da sua produção direcionada para a indústria de alimentos e bebidas
A técnica terapêutica que conhecemos hoje, ressurgiu na França
e envolveu inicialmente apenas três pessoas: o químico René-Maurice Gattefossé,
a enfermeira Marguerite Maury e o médico Jean Valnet.
Gattefossé decobriu as propriedades curativas do óleo de
lavanda por acidente. Em meados do ano de 1900, o químico e perfumista francês
sofreu um acidente em seu laboratório e teve seu braço gravemente queimado após
uma explosão. Em poucos dias a ferida se tornou infectada com gangrena gasosa,
provocando imensa dor e o risco de morte por infecção generalizada. Com esse diagnóstico
e a indicação de uma amputação, não se sabe por que motivo ou inspiração,
Gattefossé aplicou óleo essencial de lavanda (Lavanda Angustifolia) na ferida e percebeu uma
notável melhora e rápida cura.
Impressionado com essa experiência, ele dedicou anos de sua
vida ao estudo dos óleos e tratou muitos pacientes, com atenção especial aos
soldados feridos durante a Primeira Guerra Mundial, que tiveram seus ferimentos
tratados com tomilho, camomila, lavanda, cravo da índia, limão e outros óleos
diversos. Na segunda Guerra Mundial, nossos preciosos óleos também formam
amplamente usados para desinfetar feridas, tratar gangrena e para esterilizar
instrumentos cirúrgicos (Ryan 1991).
O premiado médico do exército Jean Valnet publicou o
primeiro livro de aromaterapia, o Aromatherapie em 1969, que está
recheado de casos clínicos e reflete os anos de estudos dedicados aos
tratamentos com óleos e sua larga experiência durante a Segunda Guerra, onde
foi comandante da unidade de cirurgia avançada e tinha entre seus pacientes
oficiais do governo de altos níveis hierárquicos. Foi Valnet quem disse durante
uma entrevista em 1995 que “não é necessário ser médico para usar aromaterapia.
Mas a pessoa deve saber o poder dos óleos essenciais para poder evitar
acidentes e incidentes” (SCOTT, 1993-1994).
Já a enfermeira Marguerite Maury, que compartilhava com seu
marido Dr. Maury o encantamento com as técnicas alternativas e não
convencionais da medicina, foi a responsável por classificar o uso desses óleos
em vários departamentos clínicos e nas áreas da psiquiatria, fisioterapia,
esportes e uso na pele. Ela criou técnicas de massagens e levou as primeiras
clínicas de aromaterapia estética para Paris, Suíça e Grã-Bretanha e ganhou 2
prêmios internacionais por suas descobertas nessa área. Seu livro Le
Capital Jeunesse, foi publicado em 1961.
O filho de Gattefossé Henri-Marcel continuou os estudos do
seu pai e levou todo esse conhecimento para o mundo farmacêutico e para o
desenvolvimento de remédios. Cópias sintéticas dos aromáticos começaram a
aparecer e deram origem a muitos dos remédios usados até os dias de hoje como a
Digoxina, conhecido fármaco usado para problemas cardíacos e que é proveniente
da planta dedaleira (Digitalis puerpea) e o mais conhecido ainda ácido
salicílico, a Aspirina, composto químico encontrado na casca do salgueiro (Salix
alba).
Apesar das pesquisas que comprovam os efeitos dessa
terapêutica, os óleos essenciais e remédios herbais perdem contra o lucro dos
medicamentos sintéticos. A Indústria farmacêutica representa ainda uma enorme
força econômica e política.
Em 1910, foi publicado nos Estados Unidos o estudo
patrocinado – Medical
Education in the United States and Canada – A Report to the Carnegie Foundation
for the Advancement of Teaching, que ficou conhecido como relatório
Flexner e que mudou radicalmente a escola médica desses países, tendo reflexos
mundiais e eliminando da grade curricular dessas instituições as matérias
homeopáticas e naturopáticas tão praticadas e de eficiência comprovada até
então. Nessa mesma época, as grandes farmacêuticas se tornaram financiadoras de
várias instituições de ensinos médicos e principais fundadoras e financiadoras
da Associação Médica Americana e de 90% das pesquisas médicas. É alentador
dizer que hoje o treinamento médico americano está sendo revisado por ser
considerado “incompleto” e por não produzir um médico “humanizado” (DOUKAS ET
AL, 2010).
O termo Aromaterapia adotado por Gattefossé ficou conhecido
e passou a ser mais amplamente utilizado em 1937, ano da publicação do seu
livro Aromathérapie: les huiles essentielles hormones
vegetales, já tendo sido usada anteriormente em seus artigos desde 1935 e
descreve a pratica terapêutica que utiliza óleos puros, naturais, com
propriedades específicas conhecidas e composição química completa, extraídos de
maneira preconizada.
Existem hoje novas terminologias ligadas ao uso de óleos
essenciais: a Aromatologia e a Aromacologia.
A Aromatologia, que pode ser definida como a ciência que estuda os
óleos e matérias aromáticas de forma técnica, a sua atuação farmacológica sobre
os organismos e também suas aplicações na psicologia, gastronomia, produtos
cosméticos, agronomia, veterinária e outros seguimentos diversos.
Já a Aromacologia estuda a interação aroma e seus efeitos
psicofisiológicos no organismo, não distinguindo um óleo natural de um produto
sintético. Uma vez que já é sabido que mesmo os aromas obtidos de forma
sintética podem produzir sensação de bem-estar através da sensibilização dos
nervos olfativos.
Em 1962, a Organização Mundial da Saúde reconheceu o termo
“Medicina Alternativa’, mas somente em 1978 recomendou aos estados membros o
uso integrado dessas práticas com as técnicas da medicina ocidental. Estudos
demonstram que 80% dos países do hemisfério Sul se utilizam de técnicas de
Medicina Complementar Alternativa e de Medicina Tradicional ( que são as
práticas de medicina não ocidental) e atualmente no Brasil já podemos encontrar
esses tratamentos considerados não ortodoxos no nosso Sistema Único de Saúde
(SUS), visando oferecer ao público em geral o acesso a universalidade e atenção
integral do indivíduo, visando manutenção do bem estar, além de tratar,
diagnosticar e prevenir enfermidades.
É importante também ressaltar que os Conselhos Federais de
diversas profissões, já regulamentam o emprego das Medicinas Tradicionais e
Complementares e Alternativas como instrumento de prática profissional.
Nada mais justo do que poder oferecer aos nossos amados
irmãozinhos de quatro patas, asas, cascos e etc essa técnica natural de
equilíbrio físico e mental.
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